quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010


A fotografia já nasceu com fama de ser dona da verdade. Mesmo que hoje em dia, essa teoria já tenha sido destruída por muitos pensadores, ainda tem gente que insiste em acreditar. Pra quem ainda tem alguma dúvida sobre isso, digo: não existe fotografia realista, o que existe é um ponto de vista por detrás de uma câmera querendo contar a visão de quem tá atrás dela. Uma câmera no momento de disparar jamais é inocente, nem quando tenta ser objetiva, pois atrás da objetividade, está a intencionalidade.
O que não podemos negar é a força que a fotografia tem por sua relação íntima com a "realidade". É por esse motivo que ela nos intriga tanto, nos impressiona. Quando vemos uma imagem que jamais poderíamos ver a olho nu, nossa reação geralmente é: que? ham? hum... nessas horas é melhor deixar a imaginação fluir que ficar buscando a trajetória técnica supostamente utilizada para conseguir tal resultado. Confesso que às vezes me irrita escutar essa pergunta: como conseguiu essa imagem? até entendo que isso é normal, eu também, muitas vezes, sou tomada por essa curiosidade e acabo fazendo a bendita pergunta. Só acho que devíamos estar mais atentos às mensagens inconscientes que uma imagem pode conter, emoções, sentimentos e todas essas coisas que a gente não explica, sente. E pra isso, tem que ultrapassar a racionalidade.
Mas já que somos todos curiosos por natureza, pra não deixar ninguém encucado com as imagens que estão postadas abaixo, segue também um video que mostra como trabalha o autor desses truques quase inacreditáveis, o fotógarafo francês George Rousse. O que ele faz é pintar partes separadas de espaços arquitetônicos e uní-los por um ponto de vista exato, formando uma imagem que é real e também é fictícia. Ver para crer. Numa das imagens, ele mesmo brinca com sua posição de mágico, pintando a palavra IRRÉEL (irreal).


fotografias de George Rousse







Nenhum comentário:

Postar um comentário